
Este paradouro também servia para receber tropas que vinham de Santo Amaro para Taquari. A balsa era relativamente pequena e, conforme o tamanho da tropa de bois, ela tinha que fazer várias viagens.
Foi numa destas ocasiões, com uma tropa que estava sendo transportada para Santo Amaro, que estorou a boiada e se espalhou por toda a vila da praia, alguns se embrenharam num matinho, que ficava junto ao campo de futebol do Praia Futebol Clube.
Um deles, um boi preto, muito mal encarado, debandou e conseguiu furar o cerco da gauchada, mas eles foram atrás e toca daqui e toca dali, conseguiram ir trazendo, pela rua onde nós morávamos. O bicho vinha devagar na direção do paradouro, espiando para ver se encontrava um furo de fuga, (o muro que cercava nosso pátio era alto e bem fechado, com um portão de tábua junto à casa), foi num momento de coincidência, que o boi procurando fuga e minha irmã por curiosidade, chegaram ao mesmo tempo no portão, minha irmã abriu o portão justamente no momento em que o boi metia o focinho no mesmo!
A sorte dela foi que o portão ao abrir, raspou no chão e fez um barulho que assustou o boi. ASSIM COMO CHEGARAM JUNTOS, FUGIRAM JUNTOS, UM PARA CADA LADO, mas que susto!
Finalmente, o danado do bicho foi reunido ao restante da tropa e transportado para o outro lado do rio. Este episódio da vida de minha irmã foi falado e comentado por muitas vezes, quando se reunia a família.
MINHA IRMÃ, QUE O PAI TE PROTEJA ONDE ESTIVERES.
Fonte da ilustração:
1- Aplicando o Lúdico

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