segunda-feira, 27 de julho de 2009

PLANTANDO FUTEBOL NA BEIRA DO RIO

Logo que se mudou para a Beira do Rio, meu pai (Eugênio Franck) se dedicou a construção de casas e galpões, e foi nesta época que ele levou a primeira bola de futebol para o lugarejo, e deu as primeiras instruções sobre esse esporte.

Dizia ele que era uma coisa engraçada, ver aquele pessoal acostumado no rabo do arado ou no cabo da enxada, tentar chutar uma bola, o pé nunca batia onde deveria, pois eles, como agricultores, treinavam muito as mãos e braços, mas não os pés e pernas, que eram usadas só para caminhar ou correr.

Por falar em correr, meu pai dizia que todos eles ao mesmo tempo, corriam aonde a bola ia, era um espetáculo circense, quanta discussão, quanta briga, pois o pessoal era quase todo analfabeto, rude, na hora do chute a canela do adversário era maior do que a bola e não se mexia tanto, já viram aonde eles acertavam, e o rolo estava formado.

Também foi neste lugarejo que meu pai conheceu minha mãe: ANNA ALMIRA PEREIRA DA SILVA, originária de uma família de agricultores pobres, mas muito honrados. Depois do casamento, ela passou a chamar-se: ANNA ALMIRA FRANCK.

Realizado o matrimônio, eles mudaram-se para a margem direita do Rio Taquari, bem defronte de onde tinham morado na Beira do Rio, mas nesse lado a localidade chamava-se Porto Mariante. A casa onde foram morar era de madeira com dois quartos, sala, cozinha e latrina. Estava localizada à margem da estrada que ligava Porto Mariante a Roca Sales ao norte e a Porto Gomes ao sul.

Um pequeno causo

Num domingo à tarde, quando que meu pai estava sentado num pequeno avarandado à frente da casa, ele presenciou um fato incomum: Um homem alto, magro, vestindo um terno e chapéu preto, caminhando a passos largos e atrás outros dois homens, vestindo roupas comuns, gritando e apontando um revolver para as costas do primeiro, um deles engatilhava a arma, puxava o gatilho e a arma falhava, falhou uma porção de vezes, até que o pistoleiro virou a arma para cima e disse: Que porcaria de revolver, puxou o gatilho e detonou todas as balas, sem falhar nenhuma. Meu pai contava esta história e relembrava o acontecido, dizia ele, que tinha sido uma situação cachorra, e achava que o homem de preto se borrou quando ouviu o primeiro tiro, sorte dele que o revolver estava virado para cima.

Meus pais ainda estavam morando nesta casa quando minha irmã Cecy nasceu em 17 de junho de 1924. Abaixo fotografia do casamento de Cecy em 1948, onde meu pai, Eugênio, aparece ao lado de sua mãe, minha vó Chiquita.

Nota:
A imagem e história da Seleção Brasileira de 1919 está disponível no Museu Virtual do Futebol

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

MUDANDO DE MORADIA

Meu pai depois de formado exerceu diversas atividades, desde plantador de arroz (técnico agrícola, funileiro, etc.), até construtor de casas.

No tempo em que ele era construtor, morava por perto das casas que estava construindo, geralmente, na casa velha do dono daquela que ele estava fazendo. Isto acontecia ora dum lado ora do outro lado do rio.

Mesmo morando do outro lado do Rio Taquari, bastava pegar uma canoa, remar um pouco e pronto, estava do outro lado, assim ele continuou a construir casas tanto de um lado como do outro do rio.

Foi numa dessas construções que se descadeirou: Estavam levantando a madeira que serviria de cumieira do telhado da casa, no braço, e, como era muito pesada, os outros dois ajudantes largaram a ponta deles, meu pai não pode porque estava com os dedos de uma mão trançados com os da outra, então teve que sustentar todo o peso sozinho.

Em 1925, meus pais mudaram-se para o salão de festas da localidade, construído em cima de pilares, por causa das enchentes, a altura foi calculada pela enchente mais alta, tanto pelo que sabemos, a parte de cima nunca foi atingida pelas águas, depois, entre os pilares altos, foram levantadas paredes, janelas e portas, tornando o porão em condições de se estabelecer uma oficina, como uma carpintaria por exemplo, o que realmente foi feito.

A parte de cima tinha uma cozinha grande, dois ou três quartos, e um salão também grande. Estas peças eram usadas pelo ecônomo e sua família, ficando a cozinha e o salão para os associados durante as festas. Não sei quantos anos nós moramos lá, a única coisa que me disseram foi que eu nasci por lá, alem daquelas historias de dar recado e outras balelas que não sei se eram brincadeiras ou não.

Nota:
A ilustração é o quadro "A Casa de William Warren" pintado por Mosley

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

É verdade: quem conta um conto aumenta um ponto!

Hoje, dia 080103, está fazendo, agora à tarde, um calor fora do comum, é uma tarde de preguiça, ficamos vendo televisão até as 15:30 e só paramos porque eu me enchi de coragem e fui para a cozinha comer uns pedaços de manga.

Por falar em manga, ela é a fruta do momento, muito gostosa e barata, está custando 0,90 centavos o quilo, é aquela variedade verde que deve estar sendo cultivada em S,.Paulo, não é fibrosa e aceita muito bem o corte da polpa.

Cadê coragem e assunto para escrever com um calor desses!

Mas vamos contar a história que aconteceu aqui quase na frente das casas: dois rapazes andaram roubando por aqui, no Pedro Bottega R$10,00, no Meio Quilo, um som pequeno mais umas porcarias, o revólver deles era de plástico, mas quem é que ia arriscar, pois o bicho era igualzinho ao que dispara bala de verdade. Porém, na fuga, capotaram o carro na lombinha aqui da frente do Sítio, os Tormen ajudaram a desvirar o carro e tirar um dos meliantes das ferragens, pois o outro já tinha fugido pelo mato.

Logo o Edevaldo, o Ênio e o Meio Quilo trataram de segurar o safado até a chegada da polícia. Neste meio tempo ouve-se um tiro de revólver que atingiu o meliante no ombro e passou de raspão pelo pescoço do Edevaldo. Logo, logo o rapaz já foi solto.

Esta história eu fiquei sabendo como me contaram, pois quando cheguei ao local da capotagem já estava tudo terminado. Esta história aconteceu praticamente na frente da minha casa aqui na colônia, estive no local do acontecido praticamente no fim, pois o automóvel que conduzia os meliantes ainda estava lá. Eu assisti a remoção do mesmo pelo guincho, assim mesmo esta história já me foi contada com lances bem diferentes uns dos outros, com os mesmos personagens executando tarefas diferentes em momentos diferentes.

Já imaginou aquelas histórias contadas no tempo do ano “0”! Que passavam de uns para outros através de viajantes passageiros, que as ouviam e depois de um certo tempo em outra cidadezinha com cerca de100 habitantes, contava aquela história à sua maneira, coisa que outro iria fazer de outro jeito quando viajasse para outro lugar!

Bom, deixemos as histórias de lado, acreditem nelas quem quiser!

A história do assalto que aconteceu aqui na frente da granja já no dia 100103 me foi contada de outra maneira, nela só tinha um assaltante, mas como eu não perguntei nada o assunto morreu ai. Na foto abaixo está apontado o local da capotagem e indicada a caso do nosso caseiro Mazzetto. Ele, agora, está reformando a cerca da frente, a parte que vai da casa dele até a divisa com o clube, ainda falta colocar o portão das vacas.

Perto do meio dia, começou uma garoa que mais tarde se transformou em chuva, tanto que a Marice não foi ao centro, ficamos em casa como dois velhos, que barbaridade, imagina como será o dia em que realmente estivermos idosos.

Um pouco de prática sempre é saudável, mas tem hora que para sair alguma coisa, a gente tem que puxar, puxar e puxar e assim mesmo a coisa fica entalada e não passa para o papel. Cansei até perder o interesse, hoje eu vou parar por aqui.

Nota:
A imagem do início tomamos emprestada do Blog Rascunhos de Fabrícia Silva num post em que ela fala sobre as tradições orais: “Pessoas em todos os tempos e lugares têm contado histórias. Na tradição oral, a narrativa inclui o narrador e a audiência. O narrador cria a experiência, enquanto a audiência depreende a mensagem e cria imagens mentais pessoais a partir das palavras ouvidas e dos gestos vistos. Nesta experiência, a audiência se torna co-criadora da arte. Narradores por vezes dialogam com a audiência, ajustando suas palavras em resposta aos ouvintes e ao momento.

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terça-feira, 21 de julho de 2009

NOSSO PAíS ESTÁ ASSIM

(escrito em 2007)
Desde criança eu ouço dizer que os políticos eram corruptos, mudar de partido é uma coisa corriqueira, os ideais de cada partido vão por água abaixo, os programas servem apenas de trampolim para o político ter uma legenda para se candidatar, porque uma vez eleito, mudam de partido com programa completamente oposto, isto é, mudam da esquerda para a direita, como se muda da água para o vinho.

Com a maior cara de pau, passam a defender aquele programa, assim como apóiam o governo, no outro dia estão contra, tudo depende de interesse financeiro, aonde rende mais dinheiro lá estão eles de bandeira em riste, gritando a favor de uma coisa que combatiam no dia anterior.

Já estou com oitenta e um anos de idade, não deveria me preocupar com essa barbaridade que está acontecendo no país, mas sou brasileiro.

Nosso país nunca foi muito sério, não tem o que segure mais a corrupção, desde o maior até o menor, o que se houve falar é em ladroeira, ladroeira deslavada, provada, e aceita como natural. Vou parar por aqui, senão sou capaz de queimar o computador com o calor da minha raiva. PONHAM ESTES LADRÕES NA CADEIA.




Notas:
1- As charges de Angeli utilizadas para ilustrar esta postagem foram disponibilizadas por:
1.a - Charge 1- Minha Literatura Agora
1.b- Charge 2- Calha

2- Site official do Angeli: http://www2.uol.com.br/angeli/

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amiga rosana

Não podes saber quanta satisfação eu sinto quando leio teus emails, obrigado. ABRAÇOS!!!

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domingo, 19 de julho de 2009

DORMINDO NO PETIÇO


Ganhei um petiço velho de presente, que ficou à minha disposição para ir à cidade a hora que precisasse, mas o danado do petiço andava mais devagar do que uma pessoa andando a pé, e para provar este fato vou contar o que aconteceu:

Lá pelos idos anos de 1937 ou 1938, durante os festejos de carnaval, depois de fantasiado de holandês pela minha mãe (mãe é mãe, inda mais a minha... que gostava muito de carnaval e principalmente de me ver fantasiado), montei no petiço e me toquei para a cidade.

Minha tia Maria e o seu marido eram os ecônomos do Clube Alvinegro e tinham uma casa para morar atrás dele com um terreno, aonde eu deixava o petiço amarrado quando ia à cidade. Chegando lá, amarrei o petiço num galinheiro dentro do terreno, e fui para o clube, lá encontrei minha tia e o “marido”, terminando os preparativos para o início da grande festa pagã, nesta época eu ainda não tinha me convertido ao catolicismo e, meio contra a vontade, me dava ao luxo de acompanhar as evoluções dos foliões, inclusive da minha irmã Cecy, que gostava muito deste tipo de festa.

A folia começava cedo, antes das dez horas da noite, e terminava ao amanhecer. O carnaval de Taquari era famoso em toda a região, por isto, muita gente de fora do município vinha para os festejos. Terminada a folia, a Cecy e uma prima foram levar uma amiga até o porto, para embarcar no vapor que ia para Porto Alegre, elas foram a pé e voltaram a pé, dois quilômetros de ida e dois de volta. No momento em que elas saíram para o porto, eu saí de petiço em direção à minha casa lá na Estação, aí houve um milagre, a Cecy e a prima que viera junto para a estação e que tinha ido com ela até o porto, chegaram em casa, aproximadamente, às dez horas da manhã e eu, que viera direto para casa, montado no petiço, cheguei às duas horas da tarde!

Eu vou contar como este milagre aconteceu: O petiço quando sentiu que eu estava dormindo e não mais atuando nos comandos, entrou por um corredor pouco usado, que ligava as duas estradas que iam da cidade até a estação. Como a grama era alta ele ficou pastando o quanto teve vontade. Foi durante este tempo que um menino que trabalhava no matadouro passou por nós e disse: Dormindo em cima do petiço? E eu respondi: UÉ DORMINDO!

Apesar de ter respondido, continuei dormindo em cima do lombo do petiço, que caminhou até encontrar a outra estrada, que ele conhecia, pois era por ali que eu ia buscar carne no açougue, o matadouro era do mesmo dono e funcionava no mesmo local, assim passo a passo, chegamos à outra entrada da estação, alguém abriu a porteira, pode ter sido eu mesmo, nunca fiquei sabendo, e continuando no velho passo de petiço velho, chegamos em casa comigo ainda dormindo. Esta história eu realmente vivi!!!

Não tenho fotos da época do causo acima relatado, mas na foto abaixo de alguns anos antes, estamos eu e minha irmã prontos para um carnaval. Tanto as fantasias quanto a minha peruca foram confeccionadas pela minha mãe Anna Almira. Aos nossos pés os melhores brinquedos e o estado da cerca ao fundo testemunha que vivíamos numa casa bem simples nessa época.


Nota:
Fonte da imagem do menino no cavalo de Pau: Loja ArtDelicia

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Domingo de vento frio

Dorminmos até mais tarde, quando falo nós, estou incluindo minha esposa, que geralmente pula da cama enquanto faço ginástica ainda deitado(alongamento), pois na rua estava muito frio para gente da nossa idade caminhar.

Tomamos o café matinal, e depois de outras lidas fizemos fogo no fogão a lenha (como é bom ter um fogão a lenha na cozinha, tudo fica quentinho, ainda mais que nossa cozinha é bem grande, nove metros por quatro e meio), depois de certo tempo a chaleira chia, é uma música para os ouvidos de quem está acostumado com a vida do interior, é muito familiar e gostosa.

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sábado, 18 de julho de 2009

A HISTÓRIA DE EUGÊNIO FRANCK: DO EXÉRCITO À BEIRA DO RIO



No final de 1915, meu pai formou-se no Curso de Técnico Rural, que tinha a duração de três anos e recebeu o seu diploma.

Com 18 anos de idade, em 1916, teve que se apresentar para o serviço militar, onde perdeu um ano de vida, já que até então tinha aprendido utilidades para a humanidade, mas neste ano, aprendeu qual a melhor maneira de matar esta humanidade.

No fim do ano de 1916, meu pai foi morar com o seu tio Galdino para cuidar de uma plantação de arroz e outros serviços agrícolas e, ao mesmo tempo, cursar o tiro de guerra (onde aprendeu mais práticas para melhor saber matar as pessoas). O tempo do meu pai não foi totalmente perdido nesta época, pois servindo no tiro de guerra, ele ficou mais capacitado a fazer guerra e matar gente, azar dele não estar nos USA, LÁ ELE GANHARIA PRÊMIO POR ISTO.

Quando chegará o dia em que a humanidade vai viver sem guerra, sem agressões dos mais fortes aos mais fracos? Nesse dia, como ficará bonita a vida na terra!!!

Pelo que ele falava, a plantação de arroz foi um fracasso no segundo ano, pelo excesso de chuvas, pois tiveram que fazer a colheita com água pela cintura. O grão não secou e houve um prejuízo quase total. Isto levou tio Galdino, que era um forte negociante de secos e molhados da região, a abandonar a produção de arroz, pois o lugar onde plantavam, estava muito sujeito às variações climáticas, tanto às estiagens como às chuvaradas.

Meu pai veio então morar na cidade de Taquari e foi trabalhar numa funilaria, a escola de técnicos rurais lhe deu capacidade para exercer esta profissão.

Em 1919 completou o serviço militar deixando o tiro de guerra, e continuando como funileiro até 1920, data em que foi morar no lugarejo chamado BEIRA DO RIO, no município de Taquari (RS).

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pela primeira vez num blogue

Estamos em 170709- estou fazendo tudo o que minha filha Gladis está mandando, será que vai dar certo? não por ela e sim por mim!

O dia hoje não está tão frio, o sol está até um pouco quente, para quem saiu de um inverno rigoroso, parece que estamos entrando na primavera, algumas espécies de arbustos já estão em flor, como as magnólias e ceregeiras do Japão. Reacendi o fogo no fogão a lenha, para esquentar a cozinha, pois está chegando a hora do chimarrão.

sitioanos80

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Janeiro de 2003 - parte 2!

040103
A Claudia e os netos estão aqui, trouxeram roda-pé e bicicleta, estão andando de roda-pé na calçada da frente da casa, andando o Henrique descobriu que a calçada tem um leve declive no sentido norte-sul, coisa tão pequena que só por um detalhe se descobre, pois dando um impulso no sentido norte-sul dava para percorrer toda a calçada sem precisar dar novo impulso com o pé, enquanto que no sentido inverso o roda-pé parava antes de chegar ao fim!

Ontem deu uma chuvarada das boas, da gente se molhar mesmo estando usando guarda chuva! Enquanto hoje amanheceu nublado, mas sem chuva, algumas olheiras de sol, entremeado de momentos nublados. Fiz fogo no fogão à lenha, a temperatura tem oscilado entre quente e fresquinho, estou ouvindo vozes lá fora, não vou continuar a escrever, e deixar o mundo maravilhoso com boas companhias lá fora, sem que eu esteja participando!

050103:
Hoje de manhã passamos o gado do potreiro do condomínio para o da granjinha, levei os dois netos para ajudar a tocar as vacas, eu ia à frente para mostrar o caminho para elas, chamando como um vaqueiro que sou.
Tudo ia muito bem, até que um cachorro chegou muito perto da cria de uma das vacas e foi pra já! Ela virou para trás e avançou no cachorro, mas os netos se assustaram e deram no pé para trás também! Ainda bem que o Mazzetto estava perto e saiu em socorro deles, no fim eu expliquei para eles que a vaca estava defendendo a sua cria contra a presença do cachorro e não contra eles. Felizmente, tudo acabou bem!

Abaixo os netos aproveitando um veículo ecológico que construí.
Sitio Franck em 2003

Um milagre aconteceu! A Claudia viajou num horário normal, com os filhos, para Porto Alegre. Estamos novamente os dois que iniciamos a família Franck, sozinhos no paraíso, assim é a vida, espero que quando chegar o tempo dos moços atuais, eles tenham condições de desfrutarem de tamanho privilegio como nós!

A vida aqui é calma graças a Deus, não estamos fora do mundo, mas na parte boa dele, já trabalhamos bastante metidos no burburinho ativo, viajamos por um mundão de lugares, conhecemos gente com costumes os mais variados, desde pobres até classe média alta, gente confiável ou não, mas por onde passamos procuramos ser cidadãos dignos, respeitáveis e amigos bem educados.

060103:
Levantamos cedo hoje, 7: 30 da manhã, pelo horário de verão e fomos caminhar, aproximadamente, às 9:30, parando às 10:20. Havia um pouco de serração e estava friozinho.

Ontem de tarde matei uma jararaca que estava sendo perseguida por um casal de sabiás, pois ela estava se aproximando do ninho deles que está com filhotinhos.

Eu sou um cara até bem letrado, mas na hora de escrever as letras e o assunto me fogem, e então a gente não sai do lugar, as páginas não são preenchidas, e o que se pensa não passa para o papel. O mais duro de tudo é tu buscares pelos miolos, gastares as pontas dos dedos e aligeirar a formação de catarata, de tanto olhar para estas teclas, pois não sei escrever sem olhar para digitar. Será que mais alguém se dignará a perder um tempinho para ler reminiscências ou passagens da vida? Serão elas coisas insignificantes que não valem à pena?

No verão eu não acredito que alguém vá perder tempo para ler estes escritos, mas durante o inverno, sentado na cozinha, nem que seja eu mesmo, sei que alguém vai tentar passar o tempo lendo o que escrevi!

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