segunda-feira, 8 de junho de 2009

Biografia de Eugênio parte 3: MORANDO COM OS AVÓS

Eugênio com a esposa Anna Almira e os filhos
Jacy e Cecy na praça da alfândega em Porto Alegre(RS)
Início da década de 30 (as roupas de todos foram confeccionadas por Anna)

Depois de terminar o curso primário, meu pai foi morar com minha bisavó (vovó DOROTÉIA, que morreu aos cento e três anos de idade). Ela tinha uma casa na entrada da cidade, e trabalhava de alfaiate para sustentar a família, pois meu bisavô tinha ficado louco. Ela já conhecia os sintomas, quando ia dar os acessos de raiva, levava o marido, pois na casa tinha um quartinho com apenas uma janelinha com grade, e ele lá ficava até os sintomas de raiva passarem, então ela abria a porta que era trancada por fora, e recomeçava a vida normal novamente. A quantidade de dias que ele passava fechado variava, assim como a quantidade de dias em liberdade.

Meu pai contava que ela ficava costurando até uma ou duas horas da madrugada, e levantava as cinco. Quando o marido enlouqueceu, o filho mais moço (Carlos Renner) era de colo. Na pequena chácara ela criava: Galinhas para a produção de ovos e carne, porcos no chiqueiro para a produção de carne (embutidos como salame, linguiça, morcilha ou morcela, queijo de porco e principalmente banha). Tinha também uma vaca de leite, de cuja sobra do consumo faziam queijo e da gordura manteiga.

Enquanto estava parando lá na vovó Dorotéia, meu pai cuidava dos animais, e ajudava no serviço doméstico. As aulas de alemão eram muito cansativas e requeriam muito tempo de estudo e prática. Então os alunos procuravam falar e se entender só em alemão (quanto “schuanaraina” não saía). Terminado o segundo ano de curso, todas as matérias mais o alemão, meu pai sabia falar o alemão, e estava em condições de prestar exame para o segundo grau.

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